Especial vida de fã: O dia em que as pentelhas conheceram o Frederico Elboni.

Felicidade não se coloca em foto. Felicidade não se mede, não calcula, não tem esforços, apenas se sente.


Esse é um especial diferente. É um post um tanto quanto pessoal, sim pessoal. Sou suspeita em falar, até porque, sou apaixonada por tudo que o Frederico faz. E não poderia ser diferente: com a paixão em comum, tanto pelos livros, quanto pelo autor, um grupo de meninas se uniu, para juntas partilhar desse amor, e assim, criar uma amizade que não pode ser contada, apenas sentida. Marcamos presença em quase todos os lançamentos do livro "Meu Universo Particular", e como foi encontrar com o rapaz que arranca "Um sorriso ou dois", você descobre isso agora!


São Paulo - 16 de abril de 2015


"Quero te agradecer por todo esse carinho que me deixou mais encantada por sua escrita, pela sua simplicidade e por você. Obrigada por lembrar de mim. Pode fazer outro evento loguinho, que a saudade já se encontra presente desde o momento que eu te dei tchau." 

- Li Mortoni


Crônica: O passageiro amor. (Nadhia Dantas)





Estou deitada no chão frio do meu quarto, para tentar amenizar o calor do corpo que se faz, quando o meu olhar encontra com o teu. Desde aquele dia cinza de nuvens escuras, um arco-iris se fez dentro de mim. Como esquecer um rosto tão incomum e misterioso? Você ali, parado, com uma calça mostarda, cabelo bagunçado, barba por fazer e olhar distraído, como quem procura algo, mas que não sabe o que. Deixei você partir, em meio a circulação de pessoas que iam e vinham. Só me restou o perfume amadeirado no ar e um pequeno papel que caiu do teu bolso enquanto entrava no ônibus, que agora está comigo. Eu o abri na expectativa de ler "Vamos fugir?" mas só vi rabiscos, como quem testa a caneta antes de escrever algo. Rabiscos que valem uma obra de arte. Vou colocá-los em uma molduraEstou rindo sozinha e as pessoas me olham sem entender. Disfarço mexendo no fone de ouvido, para acreditarem que há um outro alguém na linha contando uma piada. 

É, estou apaixonada, perdidamente. Por seus olhos escuros, perdidos e cheios de segredos. Amanhã quando eu te encontrar, matarei aula, usarei duas das horas acumuladas que tenho para chegar mais tarde ao trabalho, só para ficar bem mais que 10 minutos esperando o ônibus ao teu lado. Quero desvendar os seus mistérios, ver além do que vejo, quero te conhecer completamente e convencê-lo de que esse sentimento não é passageiroPretendo seguir viagem contigo e, mesmo sem saber o destino, tenho certeza de que o ponto final será o paraíso.

Top 5: Livros Para Ler no Inverno

O frio chegou e com ele toda aquela preguicinha. A vontade de sair da cama é -0, e tudo o que queremos é ficar enrolados no cobertor, uma xícara enorme de café (chocolate quente/chá) e um bom livro (ou um namorado pra quem tem). Por esse lindo motivo que é o inverno, frio e afins, segue abaixo o TOP 5 de livros que você DEVE LER! 

Dica de Leitura: Não Sou Uma Dessas (Lena Dunham)



Não sou uma dessas
Autor: Lena Dunham
Editora: Intrínseca (+compre)
Páginas: 304
Ano de Lançamento: 2014
Adicione: SKOOB
 

Não Sou Uma Dessas - Lena Dunham , a premiada criadora, produtora e estrela da série Girls, da HBO, apresenta uma coleção de relatos pessoais hilários, sábios e dolorosamente sinceros que a revelam como um dos jovens talentos mais originais da atualidade. Em Não sou uma dessas, Lena conta a história de sua vida e faz um balanço das escolhas e experiências que a conduziram à vida adulta
Comparada a Salinger e a Woody Allen pelo New York Times como a voz de sua geração, Lena é conhecida pela polêmica que desperta e por sua forma única e excêntrica de se expressar e encarar a vida. Engajada, a autora revela suas opiniões sobre sexo, amor, solidão, carreira, dietas malucas e a luta para se impor num ambiente dominado por homens com o dobro da sua idade.
Já estou prevendo a vergonha que sentirei por ter pensado que tinha algo a oferecer, escreve Dunham. Mas se eu puder pegar o que aprendi e tornar alguma labuta mais fácil para você ou evitar que você tenha o tipo de sexo em que sinta que deve continuar de tênis para o caso de querer sair correndo durante o ato, então cada passo em falso que dei valeu a pena.
Ela tem a habilidade extremamente rara de ser 100% ela mesma em 100% do tempo. The New York Times. A escrita de Dunham é tão inteligente, honesta, sofisticada, perigosa e encantadora como a sua série Girls. O maior mérito do livro é um tipo de superconsciência divertida: de si mesma, do mundo, do ser humano. Ler Não sou uma dessas faz você se sentir feliz por estar no mundo e por Lena estar nele com você. George Saunders , escritor.
Lena Dunham é conhecida, principalmente, pela série Girls, da HBO, do qual é criadora, roteirista e protagonista (se você não conhece pelo amor de Deus, assista). Mas, mesmo que você não saiba dessa informação importante, já deves ter ouvido falar dela, afinal ela não tem medo algum de se expor. É uma mulher cheia de personalidade e é considerada uma das vozes feministas de nossa geração. 
"A Barbie é distorcida. Não tem problema brincar com ela, desde que você se lembre disso."

Crônica: Hoje você pode tudo, mas amanhã terá que esquecer. (Laís Happel)



Talvez hoje, você tenha medo de amar. Talvez hoje, você olhe as fotos tiradas na festa de formatura e se questiona, qual rumo a sua vida tomou. 

Talvez hoje, ao chegar em casa, você vai tomar uma ducha, enquanto a água doce se mistura com a gosto salgado originados das lágrimas que insiste em cair, em um rosto lindo. Talvez hoje, você prepare um jantar diferente e arrume a mesa para dois. Mesmo que esteja sozinha. 

Hoje você vai lembrar do quanto o abraço era bom, e no quanto as juras de amor pareciam ser sinceras. Hoje você vai colocar aquela música, e vai deixar tocar, não vai mudar, nem trocar por uma mais agitada. Hoje você pode comer brigadeiro e assistir aquele filme bem romântico, que te faz questionar se realmente existe homens desse tipo. E não, não tem. Mas hoje, você pode se iludir. Hoje você pode mudar o nome dele na agenda do telefone, mas amanhã você vai apagar. O nome, apelido e telefone. O contato todo. Hoje você vai se permitir sofrer. Vai chorar até a garganta doer, e então você vai sorrir, por ter feito tanta bizarrice. Hoje, você vai escrever uma carta para você. Vai contar nessa carta tudo o que sente, tudo o que pensa - estou falando sério, escreva. Amanhã você lerá em alto e bom tom, na frente do espelho, acordando os vizinhos, com tudo o que sentes e que passou para o papel. 

Amanhã, você vai abrir seu coração para o amor, para as novas oportunidades que a vida te oferece. Mas hoje, apenas hoje, você pode chorar. Grite se for necessário. Mas amanhã, esqueça. Você vai se frustrar, mas com cada frustração aprenda, que não aconteceu porque não tinha como acontecer, não por culpa tua. Não se culpe por cada tropeço. Não finja felicidade. Se alguém perguntar se estas bem, responda: não, não estou. Fique de luto. Mas não morra de saudades. Fique sozinha, mas não distante do mundo.  Peça tempo, mas não deixe o tempo te peça uma chance para voltar ao passado. E você vai querer voltar. Sempre vai querer voltar. 

Até encontrar alguém que te faça perceber que viver no passado é uma perda de tempo. As lembranças boas, essa você guarda. Pode até colocar em uma caixinha toda enfeitada. Mas não queira viver novamente o que passou. Pense no que vai viver. Alegre-se, acredite no amor - mesmo que você prefira topar com um gato preto numa sexta-feira treze, do que acreditar que ele realmente existe. Isso só vai acontecer se  amanhã quando acordar, resolver abrir, novamente esse coração, nem que seja para ser feliz e consequentemente amar. 

Behavior: O dia em que usar sutiã vermelho será broxante.




Usar óculos não te faz nerd. Saber fracionar não te faz um matemático. Corrigir erros ortográficos não te faz ter um doutorado em gramática. Ver uma mulher de sutiã bege não te faz broxar. Teu pensamento pequeno que faz.

Não, não broxa. Pode falar que é feio, que apenas senhoras usam, que a cor é do mesmo tom do corpo. Mas não que tu perde o tesão ao ver uma mulher assim vestida- quase despida.

Para assistir: Estão todos bem.

Estão todos bem

Direção: Kirk Jones
Duração: 100 min
Ano de Lançamento: 2009
Gênero: Drama

    


Frank Goode sempre trabalhou em uma fábrica de cabos telefônicos, dedicando sua vida a sustentar a família. Aposentado e viúvo há oito meses, ele aguarda a vinda dos quatro filhos - David , Robert Rosie e Amy -, espalhados em várias cidades, para um churrasco em família. Entretanto, de última hora eles desmarcam o compromisso. 

A história do filme começa, com Frank, um solitário aposentado, fica de receber seus filhos, que moram em estados diferentes. Aproveitando a vida de aposentado, onde trabalhava resfriando PVC.
"As pessoas mudam, a vida muda [...]"

Porém, mesmo programando todo seu final de semana, seus filhos desmarcam em cima da hora. E seus planos, vão por água baixo. Já que está solitário em sua casa, desde que sua mulher morreu, Frank decide ir atrás de cada um deles, para matar a saudade.
''A família está tocando a vida, e você pode se orgulhar de seus filhos e suas conquistas. Se você me perguntar, eu diria com toda honestidade, estamos todos bem.''

Para Ouvir: Apaixone-se por 5 a seco.



Não tem como não gostar. Simples. Pronto. Não preciso dizer mais nada. Termino o post por aqui.
E não, não estou exagerando. Não mesmo, 5 a seco é aquela banda tão boa, mas tão boa, que te faltam palavras para pode explicar.

Crônica: Não solte a minha mão (Raisa Krazewsky)

Ei, vou dizer baixinho mais uma vez: não solte a minha mão. Não desamarre as coisas que você amarrou em mim, não esvazie o lugar quentinho que você tem em meu coração. Meu corpo se moldou ao seu abraço, não o deixe só – por favor
Eu te deixo livre para ir, mas peço que não vá. Eu gosto de te ter por perto, eu gosto de te fazer rir, gosto de cuidar de ti, gosto de planejar contigo, de assistir filmes que nunca terminamos, de tomar cerveja puro malte, de me embolar em você, de almoçar com seus pais, de comer brigadeiro de leite em pó. 

Gosto de te provocar rindo do tempo que você leva para calçar o tênis. 

Não sei quanto tempo levaria para me acostumar se não pudesse mais ouvir você bufar ou te fazer cafuné na barba. Eu não sei como eu seria sem você. Não me leve a mal, eu me amo por mim só. Mas eu me amo muito mais com você. Você desperta o melhor em mim, afinal, com quem mais eu riria tanto do Tifanofauvo Vex? 
Quando mergulho nos seus braços, prendo a respiração e desejo nunca mais sair dali, então, vamos combinar mais uma coisa? Eu não solto o seu abraço e você não solta a minha mão. Eu lhe escuto e você me encanta com a sua voz. Eu erro a letra da música e você corrige. Eu me desentendo, você aceita minhas desculpas. Você se desentende, eu aceito também. Nós nos desentendemos, nós nos beijamos. Permita que a sua voz preencha os meus cantos vazios e que meu carinho afaste de ti o que não desejas. Deixe eu descobrir sobre mim o que ainda não sei, e então, por favor, permita que eu segure forte a sua mão.

Crônica: Dorme comigo essa noite? (Laís Happel)

Acordei mais cedo só para te ver dormir. Deveria te filmar, mas te acordaria ao levantar e toda a graça de te ver dormindo, sonhando e sorrindo, sumiria.

Entre suspiros seus e respirações quietas - minhas -, recordo-me do dia em que nos conhecemos, você recorda também?

Dezembro, lá pelo dia dez. Usávamos uma rede social e tínhamos amigos em comum. Um "olá" nunca dito na escola, resultou em inúmeras conversas a sós, escondidos em segredos. Segredos seus, meus e com o tempo nossos.

O pedido de namoro veio em uma noite fria em fevereiro - sim. Os encontros as escondidas e os olhares excitantes jogados em um almoço de domingo, eram nossos, entendidos de imediato.

Poderíamos ter uma estória linda, claro que poderíamos. Deveríamos ter nos importado apenas com a nossa felicidade, com aquilo que nos motivava a continuar: nosso amor.

Opiniões de terceiros não deveriam fazer o efeito que fez conosco. Deveríamos ter excluído cada comentário inútil e feito deles uma ponte - forte e concreta - do nosso - um dia - amor.

Não vou acordar-te. Deixe-me chegar mais perto. Deixe-me sentir o sopro da tua respiração em meu nariz. Vou embolar minhas pernas nas tuas, mas -shiu-, não acorde. Durma em meu peito, deixe-me te ninar até dormires novamente. Logo amanhece, e com lágrimas nos olhos - juro, pela última vez - deixarei-te partir.

Crônica do Leitor: Carta antes do Abacaxi e da Bagunça. (Ryie Narimatu)

Oi, quem quer que seja a pessoa que está lendo esta carta. 
Uma certeza tenho, teu sorriso me encanta. Antes que você decida se irá adentrar por essa alma bagunçada, quero que saiba: 
Não sou uma pessoa carinhosa, todo o carinho que tive não se passaram de meras ilusões.
Posso parecer rígida como mármore, mas em mim, habita a mais frágil das flores, não que eu seja uma flor.
Dizem que não tenho ambições. Quando a verdade é que guardo tais, para serem criadas com alguém. 
Adoro cheiro, de chuva, chá verde, banho e camomila. 
Aprecio uma bela xícara de chá quente, mesmo amando um belo copo dele gelado. 
Não gosto de café, mas o cheiro me encanta. 
Não espero que use terno e gravata, apenas uma camisa cinza ou branca. 
Estou longe de ser uma princesa de contos de fadas, prefiro ser figurante.
Gosto de filmes de super heróis, porém amo o Loki. Confesso estar começando Star Wars agora. Mas também gosto de Sandra Bullock e Keanu Reeves em A Casa do Lago. 
Como sushi com molho tarê, não com shoyu.
Durmo com os braços a baixo do travesseiro, me passa a sensação de conforto e segurança. 
Acredito fielmente em destino, mesmo quando em momentos desolados eu diga que não.
Não sou chefe de cozinha, mas meu arroz é soltinho e meus lanches fazem carnaval para a fome. Ah, não faço questão de feijão.
Nunca termino de assistir um seriado e quando começo, já começo pela temporada atual. Meredith Grey e Derek devem me odiar, mas eu prefiro Amélia Shepherd e o Chefe Hunt. Sheldon se pudesse ler isso, estaria com cara de desdém e um inseticida nas mãos. Até mesmo Damon Salvatore me trocou por Elena Gilbert. 
Meu passado amoroso é tão vazio quanto uma casa abandonada. Ao menos é assim que se encontra, pois fiz questão de jogar os móveis fora, principalmente os que me machucaram junto com suas feridas causadas. 
Tenho o tal do Bad Hair Day, basta ver o famoso penteado Abacaxi.
Lembra quando disse lá no começo, sobre minha "alma bagunçada"? Não se preocupe, isso o tempo irá cuidar, ou não. 
Sabe aquele carinho iludido? Fiz deles flores com a mais bela primavera pra ti.
Se não gostar de chá gelado, eu lhe esquento, não apenas o chá.
Não sei fazer café, mas tenho uma cafeteira incrível e adoraria sentir seu aroma em uma bela caneca.
Não sou vilã por amar o Loki, tenho grande admiração pelo Capitão América. Sei que Pietro continua vivo. Mulher Maravilha é mulher demais. Jared Leto é um excelentíssimo Coringa.
Troco a segurança e o conforto de meu travesseiro pelos seus braços, não pensaria duas vezes. Mas peço compreensão quando meus pesadelos me atormentarem. 
Juro que mesmo não gostando, faço o melhor feijão do mundo.
Mesmo que Meredith e Derek me odeiem, invejo o amor entre eles. "Shippo" Amélia e Hunt, pois ambos já sofreram o bastante. Sheldon que me perdoe e por mais malvado que seja o Damon - confesso - sua paixão é destemida. 
Agora você sabe os mínimos sobre mim. O restante fica para depois. 
Não te prometo muito. Caso um dia briguemos, por favor, me dê seu mais belo sorriso. Se eu revirar meus olhos ou sorrir de volta, tenha a certeza que sou sua novamente. 
Esquece o meu passado, foca no futuro. Espero que goste de abacaxi e de bagunça. Eu gosto.


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Dica de Leitura: Fingindo (Cora Carmack)

Fingindo
Fingindo
Autor: Cora Carmack
Editora: Novo Conceito (+compre)
Páginas: 336
Ano de Lançamento: 2015
Adicione: SKOOB
 

Meu nome é Cade Winston. Aluno de mestrado em belas-artes, voluntário, abraçador de mães e seu namorado pelas próximas vinte e quatro horas. Prazer em conhecê-la.
Com seus cabelos coloridos, tatuagens e um namorado que combina com tudo isso, Max tem exatamente o estilo que seus pais mais desprezam... E eles nem sonham que a filha vive assim. Ela fica em apuros quando seus pais a visitam na faculdade e exigem conhecer o futuro genro. A solução que Max encontra para não ser desmascarada é pedir para um desconhecido se passar por seu namorado.
Para Cade, a proposta veio em boa hora: é a chance que ele esperava para acabar com a sua fama de bom moço, que até hoje só serviu para atrapalhar sua vida. Um faz de conta com data marcada para terminar... E um casal por quem a gente vai adorar torcer. Fingindo vai seduzir você.

Pra quem não sabe ou simplesmente não quis ler o primeiro livro da série. Perdendo-me, Cade era o melhor amigo de Bliss e ainda sofre com os sentimentos que tem por ela. É em Fingindo que vemos a amizade entre eles ter seu encerramento. Também não li o primeiro livro, então, por experiência própria digo com certeza absoluta: Não precisam ler o anterior para entender esse.
Mackenzie Miller, ou como prefere ser chamada, Max, é uma mulher cheia de problemas e o pior deles é fingir ser alguém que ela não é. Para seus pais, ela esconde as tatuagens, pircings, muda as roupas, mas só por medo de não aceitarem como ela é. Cheia de cicatrizes e dores de um passado que ainda a assombra, ela se encontrou na música e quer viver disso. Mas numa tarde, numa cafeteria com seu namorado - totalmente fora dos padrões de aprovação de seus pais - ela recebe a ligação da mãe, dizendo que está a poucos metros dali e está estão indo vê-la, para passar o dia seguinte, que será Ação de Graças, juntos, no apartamento dela - uma bela visita surpresa - e para piorar a situação dela, sua mãe percebe que ela está com alguém e ela revela estar com o namorado que até então não havia citado ter. Desesperada, Max só ve uma alternativa, despachar o namorado e arrumar outro em questões de minutos. Então, ela encontra rapidamente um homem para se passar por seu namorado, sendo esse homem: Cade.
"Meu nome é Cade Winston. Aluno de mestrado em belas-artes, voluntário, abraçador de mães e seu namorado pelas próximas vinte e quatro horas. Prazer em conhecê-la."

Crônica: Escrevo-te essa carta. (Laís Happel)

Meu amor

Se estas lendo essa carta é porque morri. Não de amores. De morte morrida mesmo. Olha, eu sei que brigávamos mais do que tudo. Mas sabíamos que fazer as pazes seria melhor - é só olhar pros nossos três filhos. Querido, a velhice me deixou chata, mais chata do que há trinta anos atrás, e te agradeço por ter me aturado em crises de TPM. Ah, você também era difícil de aturar. Suas crises de admirador de futebol me deixava louca, não aguentava mais comprar televisões novas, -já que você era campeão em arremessar chinelos todas as vezes que teu time perdia. Quero acreditar que você tenha caído na real e tenhas percebido que meu Flamengo é melhor que o teu Vasco. Também espero que com o tempo você aprenda a comer sushi com os palitinhos.
Espero que você não sinta saudades meu amor, não quero que ela te faça sofrer. Lembre-se da mulher ranzinza que fui, e do jeito que me via ao acordar - com o cabelo pro alto. 
Escrevo essa carta sem saber ao certo, se um dia em outra vida- isso se ela existe- encontrei um amor como o teu. E -se existir- espero que não encontre. Até porque iria te procurar, nem que fosse no inferno. Ei, não chore. Dói em mim também, acredite. Não te ver bravo e feliz ao mesmo tempo é o que me fará falta, e nem preciso dizer o quanto teu ombro amigo me acalmava em dias corriqueiros.
Se achas que o café te fará lembrar-se de mim, faça chá. Pare de tomar leite, vire vegetariano. Mas não sofra. Apenas ame. Me ame. Ou ame outro alguém. Pois foi isso que fiz todos esses anos. Te amei. Amei de novo. E se assim pudesse, amaria novamente. Não cansei de te amar um segundo sequer, mesmo quando falava que jogaria suas roupas janela abaixo. 
Éramos como gato e cachorro. Vivíamos em pé de guerra. Você era o campo minado e eu a bomba, pronta para explodir -nem que fosse de amores. 
Fui feliz com você querido, e é isso que quero que saibas. Você me fez a mulher mais feliz do mundo, e este coração, até o último minuto, bateu só por você. Sempre só por você.

Crônica: Não me conheço sem você. (Camila Andrade)

Eu nem lembro mais de como era não estar apaixonada por você. Não lembro mais de te olhar com olhos não apaixonados, acho que nem lembro mais exatamente o que eu sentia por você antes disso se tornar o que é. É isso, talvez eu esteja realmente "cega de amor", porque eu não enxergo minha vida de outra forma, não me enxergo sem você. Não sei mais o que eu faria sem suas birras, sem suas gracinhas, sem suas piadinhas bestas (que eu dou risada pelo fato de só você achar graça). Eu sentiria falta até de lavar a louça com você, sentiria falta de todas as brigas e discussões, porque eu prefiro ouvir você gritar comigo do que ouvir teu silêncio. Não importa o quão bobo ou clichê isso seja, mas eu não me conheço sem você.

Crônica: O destino é meu melhor amigo (Nayane Dal-Ri)



   Dizem que amizade é caminhar-parelho, com o sonho de nunca acabar, pena muitas vezes ser inverdade. Amigos se vão, simples assim mas, por que a dor é tão complexa? Porque deixam as lembranças, as fotos, as juras, o jeito de andar, a voz, a risada esganiçada, a sala vazia, o DVD sem filmes, a vida como cena de faroeste, como cérebro de aluno na hora da prova- sim te dei uma indireta pra estudar mais-. Por que se vão mas, deixam tanto de si? Sei que não há explicação nem para a existência, nem para o término, nunca há, por isso dizem que tudo só se explica vivendo, no pretérito e no porvir, desculpa, não há mais pra viver. Talvez seja o destino, a "maturidade", a falta de tempo, há tantas coisas que fazem- nos distanciar do que nos gosta porém, nada é tradutor completo do que acontece por dentro da gente quando alguém nos deixa assim, de mãos vazias e coração cheio. Se tratando de dor não há explicação, há somente sentimento. 
   Não os culpo, também já deixei muitos, magoei, parti corações, às vezes nem percebemos e o erro já está feito. Não sou vitimado, azar o dele que não me tem mais. Sinceridades e descontos de raiva à parte, eu só os queria bem, bem do meu lado. Eu só queria mais umas horas de ir pro centro da cidade gastar umas horas à toa, eu só queria umas aulas perdidas entre uma filosofia só nossa, eu só queria tempo. Acho que nunca quis coisas tão simples. Dizem que tudo se resolve com o tempo mas, e se eu não o tenho mais?
   Espero que cada um que se foi de mim, guarde a minha parte. Que se reencontremos, moldemos o quebra- cabeça, não para sermos nós outra vez mas, para sermos eu e você, separados mas, juntos pelo passado. Espero que siga bem teu novo caminho mas, que o saiba dividir como o fez comigo. Espero que saiba que sempre poderá ligar, noite, dia, madrugada, sou atendimento 24 horas. Deixo a porta e a janela aberta se quiser voltar numa hora de distúrbio, dessas bem rotineiras. Só lhe desejo sorte e fé seja no que acredite, mesmo que tenha só sua sacolinha cheia de incertezas, que elas sejam assentidas pelo destino e que o deixe fazer a melhor escolha. Aprendi, o destino é meu melhor amigo.

Crônica: Eu (não) sei nadar. (Laís Happel)

Olha, eu sei com quantos paus se faz uma canoa, não precisa me contar. E se pararmos de remar, ela vai virar! Ih, a canoa vai virar! Eu não sei nadar, mas cheguei aqui, por você. É, te ouvir falar o quão bom é, sentir o enjoo repentino no lago, com o chacoalhar da canoa, motivou-me a sair da terra firme, e aventurar-me nessa imensidão de águas passageiras. Faz tempo que desejo pisar em solos desconhecidos, mas a insegurança chegava junto e me abraçava.

Não é por nada, mas ela tem um abraço apertado, difícil de soltar. Quente. Abraço que prende. Mas não prende tanto quanto meu corpo prende ao teu. Mesmo ele sendo magrelo, mas de um jeito lindo, um jeito tão seu. Ei, não pare de remar! Eu remo daqui, e você rema daí. Façamos um trato, remaremos até a exaustão chegar, então, você sorri, daquele jeito que me faz perder o ar, e começaremos novamente.

É como a dança: podemos ter um solo, mas tudo fica mais bonito quando duas pessoas dançam juntas. Num ritmo perfeito, parecendo que o mundo parou, menos o mundo dos dois dançarinos apaixonados, pela dança ou pela música. Ou por ambos.

Não espere que mergulhe. Não mesmo. Eu não sei nadar. E a questão não é apenas no mar ou no lago. Eu não sei nadar no amor, tenho tanto a mostrar que fico à deriva, ou, boiando. Ah, eu sei que deveria pelo menos molhar os pés, mas não dá, a não ser que me tragas uma boia. 

Ah, não espere que eu seja contida. Tenho emoções variadas que transbordam desse coração – um dia quebrado - e borbulham sobre mim. 

Eu vivo de insaciáveis quereres. Reciclo minhas coragens, revigorizo minhas energias. Você tem uma ideia melhor? Ah, vais mergulhar? Tudo bem, vou tentar. Coloco um dedinho na água. Respiro e pulo, mergulho. Inteira. Sinto a água lavar a alma, e descubro que sei nadar.

Confessionário Sacral (Nayane Dal-Ri)



Hoje eu só queria alguém pra sentar na beirada da cama comigo e ser carne viva, sem receios, sem medos. Confessar mágoas, corações partidos, obscuridades, alegrias, sóis- poentes, dias bons. Queria transformar meu quarto num confessionário sacral. Estaria ali alguém completo de alma. Um dissertador. Repleto de amor à vida.

Alguém que não tivesse os mesmos gostos, as mesmas crenças e nem devaneios mas, alguém que tivesse ouvidos abertos. Com simplicidade, me ajudasse a aguentar as verdades e as besteiras que a mente inventa.

Sei que o mundo nos faz forte mas nada fortalece mais do que alguém pra dividir o peso. Alguém que não me regasse conselhos mas sim, um afago porque já sabe, a vida muitas vezes cansa por si só. Não queria um companheiro, nem um amor indelével, queria outrem sem pressa, cheio de tempo pra perder só com palavras. Queria alguém que pudesse me ouvir sem desinteresse e se houvesse interesse, que fosse por querer- me bem. Queria alguém pra compartilhar a solidão. Um alguém que me beija- se a alma não com belas palavras mas, com a sinceridade presente nelas.

Queria igualmente, alguém pra poder ouvir, nada é melhor do que saber que suas alegrias e incertezas não são só suas, saber que a vida não se faz tão egoísta e que cada um somente a enfrenta da forma que quer.

Só queria alguém pra não mais falar só, alguém pra passar quiçá um momento, quiçá uma vida. Alguém pra sentar na beirada da cama e brindar à vida comigo.



"Como brisa à me beijar

Teu carinho me protege. 

Me abraça, me derrete ao brincar 

Como o mar no IceBerg"



Crônica: Não julgues meu amor (Raisa Krazewsky)

Ninguém ama do mesmo jeito. E ponto. Não me venhas com palavras esculpidas com o propósito de uniformizar meu amor. Eu amo do meu jeito. Você do seu. 
Não me venhas com uma lista de coisas que não devo fazer em um relacionamento. Tu não me conheces. Não conheces minha maneira de me relacionar. Ame do seu jeito. Se teu jeito de amar é seguindo listas, siga-as.
Meu amor é livre
Não me prendo a detalhes listados. Já tenho que me adequar a tudo, mas para o amor não. O amor é para mim a coisa mais livre de se viver. É se entregar do seu jeito, sendo por completo ou pela metade. O amor é o que te permite entregar-se inteiro.
Agora, repito: se você não se dá por completo, não me venhas dizer que estou me entregando demais. Das coisas que faço, sei eu. Se posso me magoar? Sim. Se vou me arrepender? Não. Por quê? Porque arrepender-se do amor não é coisa que se faça. 
Você pode se arrepender de muitas coisas, mas não de amar. O que você chama de “arrepender-se de amar” é apenas um enorme sentimento de tristeza por não ter dado certo. Mas ame novamente. Entregue-se, deixe-se levar. Pode doer? Sim. Mas, assim como amar, cada um sente a dor de um jeito. Não é o amor que machuca, é a saudade, é a falta, é a tristeza. Se você quiser seguir listas, siga-as. Não vou lhe impor meu jeito de amar. Mas só lhe digo uma coisa: nessa realidade de meias verdades, de meias pessoas, você não terá um amor inteiro se não se entregar por completo.

Especial Vida de Escritor com Graciela Mayrink + Ganhador do Sorteio (♥)



Isso mesmo galerinha! Segue abaixo a entrevista que fiz com a linda da Graciela, ou melhor que vocês fizeram com a escritora. Sente, pegue um café e vamos conversar.

1° Pergunta: (Aline Alves)
Graci, qual foi sua inspiração para escrever "A namorada do meu amigo"?
Graci: Oi, Aline. Eu gosto de histórias que envolvam a amizade e quis fazer uma onde uma grande amizade pudesse ser abalada por um outro sentimento, que no caso escolhido foi o amor. Espero ter conseguido passar o que queria para o papel. A ideia inicial foi em cima do livro Os Três Mosqueteiros, que amo. O lema deles (Um por todos, todos por um) caía como uma luva para minha história, então usei do artifício de três amigos inseparáveis.

2° Pergunta: (Bruna Lombardi)
Graciela, seus personagens foram criados unicamente, ou você se inspirou em algum amigo (a) ou família?
Graci: Oi, Bruna, posso dizer que quase todos são criados para as histórias. Gosto de pensar em cada personagem como uma pessoa real, para tentar fazê-lo o mais próximo da realidade. Apenas no Até Eu te Encontrar que usei algumas características da minha irmã na Flávia, como o fato de ela não gostar de suco de uva. E a tia dela foi criada em cima da minha avó materna.

3° Pergunta: (Nathalia Lopes)
Graciela, como e quando você percebeu que seu destino era ser escritora?
Graci: Oi, Nathalia, eu escrevo desde pequena, mas nunca havia pensado em levar isso como profissão. Quando era criança, adorava criar livrinhos. Na adolescência, me dediquei mais a escrever versos e poemas. Depois, quando estava na universidade, passei para as histórias longas, escrevendo alguns romances de brincadeira para minhas amigas, como uma forma de superar os momentos que ficava sozinha em Minas. Em 2008, minha irmã Flávia começou a me incentivar a tirar os textos da gaveta e escrever para publicar e resolvi me arriscar nesta nova carreira, começando a escrever Até Eu Te Encontrar. Em julho de 2009 terminei o livro, que está sendo publicado agora, dois anos depois.

Crônica: Ei, de amor eu não sofro mais. (Laís Happel)

Não que isso venha acontecer assim, de imediato. Mas vai acontecer. Posso sofrer com a tua ausência logo cedo pela manhã - em minha cama - ou com os sussurros ao canto de ouvido, que cessarão nas noites frias. Mas de amor, ah de amor eu não sofro mais. É que dói. 
Bater o dedinho do pé no canto dos moveis, são cocegas, comparado ao vazio encontrado no coração de quem sofre.
Engana-se pensando que esse vazio é repentino. Pois não, não é. Ele vem e fica.
Faz da noite - antes conturbada por palavras ditas ao acaso- uma mera inquilina de um silêncio profundo. 
E sabe, ela não pede permissão para alojar-se. Ela apenas entra, acomoda-se e naturalmente, sossega. Não se importa com quais sentimentos ira causar.
Porque talvez assim como quem sofre, a dor só queira ter alguém. 
e eu não sofro por amor, eu sofro por falta dele.
Sofro sozinha, fiz da quietude uma amiga, um alguém que me abraça, e assim como eu, permanece quieta num mundo alvoroçado. Sim, há dias em que não sofro por amor, que consigo aquietar as lembranças, fazendo delas meras desconhecidas, conhecidas em um passado tão recente. Mas como tudo que "vem fica", as lembranças originadas com tua presença, vieram e ficaram, fazendo-me perceber que não sofro de amores por ti. Sofro de reprises momentâneas de saudades, onde o principal e único alvo, é meu coração, que mesmo fraco e em compassos fora do ritmo, insiste em bater por alguém que, nem sequer sabe o que é sofrer. 


Crônica: Julgando amor pela capa (Nayane Dal-Ri)

 
 Às vezes me encontro ali, entre minha monotonia de rotina e minha loucura. Por descuido e descontrole de minha sanidade, ouço alguém julgando o amor pela capa, mal sabe que entre amor e pessoa amada há muito a se discernir. Ali me sinto um ser- paradoxo num mundo de desprovidos de amor, o próprio claro. Eu, que queria tanto um amor. Eu que queria alguém que me prendesse mais do que os amores de ônibus. Eu que queria que o destino me concedesse mais dias em que o teto e a luz apagada me fizessem lembrar do gosto de beijo. Eu que queria alguém tanto quanto eu, de braços abertos ao amor e ao sofrimento que vem de brinde. Eu que queria um qualquer mas, que pra mim e, somente pra mim fosse diferente. Eu, que só queria alguém.

Sei que é um clichê do mundo amar mas, acredito que o meu mundo anda meio indiferente às suas próprias expectativas. Enxergo hoje, o quanto é importante o sofrer e o sorrir por amor, o quanto faz falta, o quanto eu queria de volta.

Não vou dizer que não há lado bom, amo andar só, filosofar comigo, criar teorias que nunca se cumprirão mas, que em meu mundo paralelo, existem. Amo ser livre, ter meu próprio cantinho-breu mas, te confesso de canto de ouvido, eu queria o dividir com alguém. Vê se me encontra em qualquer esquina, porque o que mais me dói em ti amor, é a tua falta.
   

Crônica: Indecisões (Laís Happel)

Estou com medo de amar. Amar você. Amar tudo o que você faz e tudo que deixas de fazer.
Sim, tenho medo de apaixonar-me novamente e como todas as vezes, acabar machucando meu coração.
Coração forte, que fica frágil ao ouvir teu nome.
Somos capazes de amar, mas somos capazes de esquecer? Sim, já quero esquecer você.
Precipitada? Sim. Acabei criando um muro de contenção, onde, amar é uma das últimas opções de uma lista extensa.
Amor não deve ser visto como algo piegas. Eu sei disso, mas não consigo colocá-lo em prática. Gosto de um drama aqui, ali quiçá acolá.
Estou com medo de criar um sentimento sem saber qual será o resultado disso tudo. Deveríamos arriscar? Por que não? Mas, porque sim?
Sou um ninho de indecisões. Vivo em um mundo onde tudo pode dar certo e errado ao mesmo tempo.
"Como num filme no final tudo vai dar certo", mas e se, nesse filme o final der errado?
Vivo em um mundo que acredito desacreditando. Não me leve a mal. Esse é o meu modo de tentar não me machucar, muitas vezes te machucando.
Só estou com medo. De entregar-me de bandeja e sofrer as consequências -
sozinha.
Estou com medo de criar refúgio em teus abraços e ter que me soltar as pressas. Medo de gostar do sabor dos teus beijos e ter de esquecê-los.
Medo de aprender a amar, desaprendendo.